quarta-feira, maio 25, 2005





Choveu.






Choveu.
Uma massa de ar frio empurrou outra massa de ar e ambas se juntaram e choveram em cima da gente e vão continuar chovendo e, se a chuva da última madrugada causou o estrago que causou, essa que está começando agora (começou há meia hora, quando eu estava na minha aula de violino, e me molhou dos pés à cabeça passando pela alma) é potencialmente e possivelmente causadora de um estrago ainda maior. vamos ver o que acontece, será que foi Ele quem veio para cá e trouxe a sujeira e a destruição para mostrar-Nos a fraqueza do ser Humano, ou foi o Outro quem veio pregar uma peça e Nos tentar? Não podemos, contudo, ignorar a possiblidade de ser apenas uma adversidade climática ou uma simples decorrência de uma pomba sacana (a pomba sacana é o terceiro vértice, é a união perfeita entre os opostos, yin e yang, montéquio e capuleto, ácido e base, Ele e o Outro), porque pombas sacanas conhecem aquele característico efeito estranho de proporções titâncias do qual tanto se fala por aí e cujo nome eu pouco sinceramente não recordo. Chove e temos que esquentar nossos pés, aí o problema é só de quem não tem pé, ou de quem não tem fogo; ou ainda do pé sem corpo, se bem que um pé sem corpo tem muito mais autonomia que um corpo inteiro, mas não muita, talvez nada. Chove chove chove e as pessoas não conseguem chegar aos trabalhinhos, às escolinhas ou aos parquinhos. E aquela vontade de comer um Buda de chocolate. Buda ou Bunda ou Butá ou Butão. Voltando às espiritualidades e às entidades metafísicas, talvez seja o Bom que esteja chorando, ou consolando o Coisa-Ruim. No entanto, podem os Dois Amigos (talvez três, se o Divino e o Satanás convidarem também a Pomba Sacana) estar apenas cortando cebola para deschateizar essa coisa. Sôpa de Mundo. Com circunflexo. Sôpa de Mundo.




In O Pato Está na Ratoeira

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